Páginas

segunda-feira, 30 de maio de 2011

MEC não quer ensinar


 
Artigo de Carlos Alberto Difranco, no Estado de São Paulo de hoje (30).

Acabo de ler duas instigantes obras de Zygmunt Bauman: Amor Líquido e Modernidade
Líquida. Bauman, um dos mais originais e perspicazes sociólogos da atualidade, vai fundo nos paradoxos da modernidade líquida. Vivemos um tempo de incertezas, de sinais confusos, de ausência de vínculos duradouros. Mas, ao mesmo tempo, o comportamento fluido e relativista acaba, frequentemente, em arrebatos de dogmatismo ideológico. O relativismo, facilmente, transforma-se em autoritarismo. Recentemente, a imprensa noticiou que, para evitar discriminações, o Ministério da Educação (MEC) quer renunciar ao dever de ensinar. Por exemplo, entende que pode promover o preconceito a explicação em sala de aula de que a concordância entre artigo e substantivo é uma norma da língua portuguesa. Dessa forma, o MEC aconselha a relativizar.

Segundo o Ministério, a expressão "os carro" também seria correta. A sociedade, quando se deu conta do que o MEC estava propondo,foi unânime na sua indignação. Afinal, a oportunidade de aprender bem a sua língua deve ser um direito de todos. Nesse caso, no entanto, penso que está em jogo mais do que a norma culta da língua portuguesa. Implicitamente, o MEC nos diz: na busca por um "mundo mais justo" (sem preconceitos) pode ser aconselhável dizer algumas mentiras. Na lógica ministerial, o conhecimento é munição para a discriminação.

Vislumbra-se aí uma visão de mundo na qual o critério político prevaleceria sobre a realidade das coisas, sobre a verdade. E aqui reside o ponto central, cuja discussão é incômoda para uma sociedade que não deseja utilizar o conceito "verdade". Este seria apropriado apenas para uma agenda conservadora; os contemporâneos não deveriam utilizá-lo mais.

Mas por que será que a "verdade" é tão incômoda? Porque ainda estamos imersos no sofisma moderno que confunde "ter um conhecimento certo sobre algo" com "ser dono da verdade". O engano está em equiparar "conhecimento limitado" - que é onde sempre estaremos - com "todo conhecimento é inválido". Outro influente motivo para evitar o uso do conceito "verdade" é a aspiração por liberdade.

As "verdades" tolheriam a nossa autonomia, imporiam uns limites indesejáveis; no mínimo, acabariam diminuindo a nossa liberdade de pensamento. O MEC - de fato -entende assim: numa sociedade plural, não se poderia ter apenas uma única norma culta para a língua portuguesa. Deixemos os nossos alunos "livres" para escolherem as diversas versões.

Não será que ocorre exatamente o contrário? Quem conhece bem a língua portuguesa tem a liberdade de escolher qual forma - num texto literário, por exemplo -expressa melhor a sua ideia. E pode até abrir mão da norma culta, num determinado momento. Só terá a segurança dessa escolha quem conhecer a norma culta, caso contrário, serão tiros no escuro. Entre liberdade e verdade não vige uma relação dialética. Elas andam juntas. O que pode provocar um antagonismo com a liberdade é uma versão absolutista de verdade, encarnada pelo sujeito que entende ser o "dono da verdade".

Mas a verdade não é um objeto que se possui. A verdade é o mundo, é a realidade, são os outros. É uma porta que se abre para fora, não para dentro, e por isso pode ser contemplada por todos. Ela é democrática: está acessível a todos. Já não será hora de superarmos a disjuntiva moderna e estabelecermos uma relação amigável com a "verdade"? Não significa fazer um pacto "espiritual" com o universo ou assinar uma espécie de declaração de alienação, abdicando do uso da inteligência e da crítica. A proposta que aqui se faz nada mais é do que buscar uma relação de honestidade intelectual com a realidade e com os outros.

Penso que essa relação de honestidade intelectual está na origem da cultura ocidental, ainda lá com os gregos. É um processo de aprendizagem, que leva a reconhecer os próprios erros, a revisar as condutas e, ainda que não seja retilíneo, trouxe indubitáveis bens (ainda não plenamente alcançados, mas que indicam a meta): o reconhecimento da
dignidade da pessoa humana, o respeito e a valorização da mulher, a rejeição da escravidão, a democracia como expressão dessa dignidade, a tolerância, a compreensão, etc.

Aquilo de que mais nos orgulhamos não foi alcançado brigando com a "verdade", dizendo que tudo era relativo, que dava na mesma A ou B. Nesta lógica aparentemente ampla - mas que no fundo é estreita (porque não está aberta à realidade e aos outros, impera o subjetivo) -, quem ganha é o mais forte, aquele que grita mais alto. Já não existe um referencial adequado para o diálogo. Ficam as versões. Ficam os discursos. E ficamos à mercê dos Sarneys... E agora também dos Paloccis.

Só mais um último aspecto, agora do ponto de vista pedagógico. A visão do MEC sobre a educação corrobora a constatação feita pela pediatra norte-americana Meg Meeker. Ela considera que as principais dificuldades da educação dos jovens de hoje não são causadas por eles. Na visão dela, o problema não são os jovens - como muitas vezes os moralistas de plantão ou os saudosistas de outros tempos querem culpá-los. A dra. Meg Meeker, com a experiência de mais de 20 anos atendendo adolescentes e pais no seu consultório, diz que a causa está nos próprios adultos, que diminuíra mas expectativas da educação em relação às novas gerações. "Eles não conseguirão fazer isso..." Ou: "É impossível que ajam dessa forma..." Os próprios educadores nivelam por baixo - como se o comportamento ético fosse hoje em dia irrealizável - e depois se dizem decepcionados com os jovens.

Ministério da Educação: os alunos saberão fazer bom uso das regras de português. Não lhes impeça o acesso ao conhecimento e, principalmente, não lhes negue um dos principais motores para o crescimento pessoal: a confiança.

Carlos Alberto Difranco é doutor em Comunicação, é professor de Ética e diretor do Master em Jornalismo. E-mail: difranco@iics.org.br.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Estratégia competitiva

Porter (1980) descreve estratégia competitiva como o “conjunto de ações ofensivas ou defensivas para criar uma posição defensável em uma indústria ou grupo estratégico, para enfrentar as cinco forças competitivas e, assim, obter um retorno sobre o investimento maior para a empresa”.
De acordo com Ohme (1983), a estratégia competitiva é definida como o conjunto de planos, políticas, programas e ações desenvolvidos por uma empresa ou unidade de negócios para ampliar ou manter, de modo sustentável, suas vantagens competitivas frente aos concorrentes. O mesmo autor ainda cita que “... sem competidores não haveria necessidade de estratégia, pois o único propósito do planejamento estratégico é tornar a empresa apta a ganhar, tão eficientemente quanto possível, uma vantagem sustentável sobre seus concorrentes. ...”. Porter (1985) acrescenta que “a estratégia competitiva visa estabelecer uma posição lucrativa e sustentável contra as forças que determinam a competição industrial”.
Segundo Ansoff (1990), a estratégia competitiva especifica o enfoque especial que a empresa tentará utilizar para ter sucesso em cada uma das áreas estratégicas de negócio.
Portanto, a estratégia ótima para obter sucesso era simplesmente minimizar os custos dos  produtos da empresa e vender a um preço igual ou inferior aos dos concorrentes. Como este comportamento resultava na otimização da participação de mercado da empresa, era frequente dizer que esta era uma estratégia de participação no mercado, ou de posição de mercado.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Software de Plano de Negócio

Empresários e interessados em montar um negócio contam com uma ferramenta do Sebrae-MG, o software gerencial ‘Como Elaborar um Plano de Negócio’. O novo produto está disponível para download (gratuito).


que era bom ficou ainda melhor!


. Facilidade de navegação;
. Projeções de receitas e custos a partir de taxas mensais e/ou anuais pré-determinadas
. Possibilidade de personalização na projeção de cada item de receita e custo, conforme sua expectativa, dando oportunidade para novas análises;
. Acréscimo de projeções financeiras, estimativas, custos, análise de cenários (tanto pessimistas quanto otimistas);
. Realização da Matriz Swot, ferramenta que analisa forças, fraquezas, ameaças e oportunidades para um novo negócio ou expansão de negócio já existente;
. Planejamento por até 5 anos;
. Recurso de gráficos, facilitando a visualização e consequente análise;
. Facilidade e segurança na tomada de decisão do empresário quanto à implantação ou não do negócio”, em função de ter um cenário ainda mais claro.



Para baixar o Programa clique no link.

Software de Plano de Negócio

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Desenvolvimento Organizacional ou D.O

O Desenvolvimento Organizacional ou DO é uma disciplina que aplica conhecimento e técnicas de ciências do comportamento humano para melhorar o desempenho das organizações e a vida das pessoas que trabalham nelas.
O Desenvolvimento Organizacional estuda o processo de mudança planejada das organizações, que são entendidas como sistemas sociais complexos, caracterizados por processos e estruturas. Assim sendo, O DO visa conciliar metas e valores da organização com os das pessoas e grupos que atuam nela.
Definições
"Desenvolvimento organizacional é um esforço de longo prazo, liderado e apoiado pela alta administração, para melhorar os processos de visão, envolvimento, aprendizagem e resolução de problemas, através do gerenciamento contínuo e cooperativo da cultura organizacional—com ênfase especial na cultura das equipes formais de trabalho e outras configurações de equipes—utilizando o papel de consultor - facilitador, teorias e técnicas da ciência comportamental aplicada, incluindo a pesquisa-ação." (French e Bell)

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Estratégias de Avaliação do Aprendizado

Paulo Freire(1997) diz, “saber ensinar não é transferir  conhecimento, mas criar as possibilidades para sua própria produção ou sua  construção”.   Como então, avaliar os resultados do ensino e da aprendizagem num
programa virtual? 

Boas estratégias de planejamento ajudam a avaliar os resultados, dentre eles
Destaca-se:
a)  Manter  o processo dinâmico, interativo e prazeroso.
b)  Visualizar o alvo final com atividades direcionadas.
c)  Evitar imprevistos.
d)  Selecionar de recursos materiais e ferramentas apropriadas de acesso.
e)  Fazer avaliações coerentes à proposta a fim de atingir com objetivos.
f)  Avaliar de acordo com os objetivos de cada módulo.

Depois de elaborado e executado, o planejamento, é de suma importância fazer a avaliação dos resultados; pois essa avaliação possibilita analisar o processo de aprendizagem dos alunos de educação à distância.

Pois, a avaliação é o resultado da aprendizagem obtida por meio da  organização e planejamento das ações educativas.  Vale ressaltar que Libâneo ao abordar sobre planejamento escolar: deixa claro  que planejamento em educação: “ é um meio para programar as ações docentes, mas também um  momento de pesquisa e reflexão intimamente ligado à avaliação” (LIBÂNEO 1994, p. 222). 

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

 Jovens do Trilha-Setre vivem expectativa da certificação

Duzentos e sessenta e dois jovens dos municípios de Santo Antônio de Jesus, Dom Macedo Costa e Conceição do Almeida, serão certificados nos dias 22 e 23 de setembro de 2010 nos cursos de Assistente Administrativo, Horticultura e Processamento de Frutas e Confeitaria, do Programa Trilha-Setre (Programa de Qualificação Profissional) executado pelo NISSA - Núcleo de Integração Social e profissional de Santo Antônio de Jesus.

Para os jovens, os cursos oferecidos foram bem conduzidos pela equipe do Programa Trilha.  Muitos dos jovens participantes estão na expectativa do primeiro emprego para que possam dar o primeiro passo para a sua carreira profissional. Durante o curso muitas habilidades foram trabalhadas através de dinâmicas e atividades, questões como relacionamentos interpessoais e  trabalho em equipe. Além das disciplinas específicas de cada curso, os jovens tiveram disciplinas referentes aos conhecimentos básicos, como: Ética, cidadania e direitos humanos, direito do consumidor e trabalhista, raciocínio lógico quantitativo, comunicação, informática e saúde, higiene e segurança no trabalho, conhecimentos que são muito importantes para garantir uma vaga no mercado de trabalho.

O Jovem Orlando, de 29 anos, da cidade de Dom Macedo Costa, e mais 20 jovens que participaram do curso de Horticultura e Processamento de Frutas, almejam a partir dos conhecimentos adquiridos no  curso,  implantar uma Cooperativa de Plantio e Beneficiamento da Pimenta. O jovem diz que com as aulas de Empreendedorismo  e  Cooperativismo do Professor Wilton Fonseca puderam identificar a riqueza e as oportunidades que existem em montar uma cooperativa. Para o professor que se disponibilizou a prestar Consultoria gratuita no novo empreendimento juntamente com a Professora Rita de Cássia Augusto, a cooperativa de plantio e Beneficiamento da Pimenta tem tudo para dar certo na região, pois de acordo o trabalho de pesquisa de campo realizado pela Professora Rita com os alunos, foi possível identificar que na região existem 19 tipos de pimenta e que não existe nenhum tipo de Empreendimentos e beneficiamento das mesmas, apenas são consumidas como molho, em conserva e in natura nas residências.  

A jovem Joseli, de 22 anos, que trabalhava meio turno tirando cópias de xérox numa farmácia, sem nenhuma garantia de permanência de emprego,  afirma: “o curso modificou minha vida e graças a ele foi promovida  a caixa na instituição que eu trabalho, agora com carga horária de 8 horas”, isso aconteceu graças aos conhecimentos que foram trabalhados e que são relevantes para uma boa inserção no mercado de trabalho. Hoje, a jovem, diz que faz parte de uma classe de trabalhadores formais e se orgulha muito de ter participado do Curso de Assistente Administrativo no Programa Trilha-SETRE/NISSA.

Para os coordenadores  Administrativo e Pedagógico do  Programa -Trilha no NISSA, José Wilton Fonseca e Manoella Fonseca Marques, “o Programa Trilha-Setre/NISSA possibilitará  a realização do sonho do primeiro emprego e a inserção dos jovens no mercado de trabalho, estimulando  uma formação continuada dos jovens que fizeram parte do Programa TRILHA.” 

Santo Antônio de Jesus-Ba, 08 de setembro de 2010

José Wilton Fonseca da Silva            Manoella Souza Fonseca Marques
  Coordenador Administrativo                    Coordenadora Pedagógica

domingo, 22 de agosto de 2010

Qualificação Profissional em Santo Antonio de Jesus-Ba

NISSA   Promove curso de Qualificação Profissional

No dia 03/05/10, deu início às aulas do Programa TRILHA – Programa Estadual de Inserção de Jovens no Mundo do Trabalho, realizado através da parceria entre a Secretaria Estadual de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE) que oferece aos jovens cursos grátis de qualificação, com carga horária de 350 e 600 horas, montados de acordo com o perfil e a necessidade de cada região do Estado. Os jovens participantes recebem mensalmente uma bolsa-auxílio no valor de R$ 100,00. No Recôncavo Baiano o NISSA de Santo Antônio de Jesus está executando o programa nos arcos profissionais de: Administração, Agroextrativismo e Alimentação, nos municípios de Santo Antônio de Jesus, Dom Macedo Costa e Conceição do Almeida, no total o Programa Trilha no NISSA vai está qualificando 270 jovens nos Cursos de Assistente Administrativo, Confeitaria e Horticultura.

Além de buscar a inserção do público qualificado no mercado de trabalho formal, contando com o apoio do SineBahia, o Trilha/Setre vai estimular o empreendedorismo e a geração de renda em atividades alternativas.

É também uma chance do jovem conhecer melhor o mundo do trabalho, norteado em princípios de cidadania, ética e igualdade, estabelecendo novos contatos de emprego e uma compreensão diferente sobre o caminho profissional a ser buscado.

José Wilton Fonseca da Silva
Coordenador Administrativo
Programa Trilha - NISSA